Crise energética: esclareça as principais dúvidas sobre o assunto!

31/05/2019 | Energia Solar

[vc_row pix_particles_check=””][vc_column][vc_column_text]A crise energética é um problema mundial que vem se tornando cada vez mais grave. Isso acontece devido ao crescimento da população, além dos avanços rápidos da tecnologia somados à má administração da matriz energética. Por consequência, isso gera impactos tanto na vida dos cidadãos como no cotidiano das empresas, mas principalmente no meio ambiente.

No Brasil, a situação é evidente desde o apagão de 2001 até a inflação das contas de luz, que ocorre anualmente. O problema continua existindo e é extremamente necessário compreendê-lo para tomar as medidas adequadas e evitar problemas ainda maiores no futuro.

Quer entender como esse caso influencia sua vida? Então continue lendo este post para saber mais sobre essa crise.

O que é a crise energética?

Ao redor do mundo, as grandes civilizações cresceram a partir de combustíveis não renováveis e poluentes, derivados do petróleo. Assim, eles se enraizaram em um grande modelo que emite poluição para chegar à geração de energia elétrica.

Desde o grande “boom” iniciado pela Primeira Revolução Industrial, o uso dessa fonte de energia foi descontroladamente alto, gerando a escassez atual, além de toda a poluição comentada anteriormente. Esse é o efeito adverso da utilização de combustíveis fósseis.

Diferentemente da situação descrita acima, o Brasil não tem sua matriz energética baseada em derivados do petróleo, mas principalmente em hidrelétricas, que é uma fonte limpa de energia. Entretanto, a água é um recurso intimamente dependente dos fatores climáticos.

Um ótimo exemplo disso é a situação da crise hídrica no sudeste brasileiro em 2014, que gerou diversos efeitos negativos na população. Devido à escassez de chuvas, os níveis dos reservatórios baixaram muito e a geração de energia ficou comprometida.

Qual é a situação nacional e mundial atual?

Os resquícios do grande apagão de 2001, somados aos problemas das faltas de chuva de 2014, geraram um dos níveis mais baixos dos reservatórios de hidrelétricas na história do país. Com as usinas sendo responsáveis por mais de 60% da produção energética do país, a situação merece atenção no sentido de buscar novas alternativas de geração de energia.

Uma das medidas tomadas pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), em 2015, foi o sistema das bandeiras tarifárias, que repassou gastos extras na geração de energia para a conta dos consumidores.

A situação é parecida no mundo inteiro: a crise já foi prevista há anos e diversos trabalhos estão em curso para saná-la. Especialistas da área estipularam projeções sobre o aumento da demanda de matriz elétrica mundial pelos próximos 15 anos e apontam que uma ampliação e diversificação das fontes energéticas não só é recomendado como extremamente necessário.

Além disso, a crise da pandemia trouxe diversos problemas adicionais que acabaram por agravar a situação desabastecimento de energia em escala global. Uma das grandes adversidades foi justamente o choque de preço sentido pelas commodities. Com a interrupção da cadeia de fornecimento global por conta do fechamento de portos, o petróleo, o gás natural e o carvão tiveram a oferta reduzida.

Consequentemente, isso fez com que seu preço disparasse. Em se falando de grandes fornecedores de produtos para o mundo, como a China, isso representou um grande problema. Diferentemente do Brasil, sua matriz energética é muito baseada na queima de combustíveis fósseis, tal qual os Estados Unidos. Com o preço do petróleo ficando mais alto, o custo da geração de energia para esses países também elevou-se. Em consequência, vários produtos também encareceram.

Além da inflação resultante de todo esse processo, torna-se mais difícil produzir a energia demandada por todo o planeta. E isso só agrava ainda mais a crise que já existia anteriormente. Como solução, busca-se tornar a matriz energética menos dependente de combustíveis fósseis. Várias nações têm projetos de descarbonização de suas matrizes. Já o Brasil não passa por esse problema, pois sua matriz é uma das mais limpas de todo o planeta, se não for a mais limpa.

Como as bandeiras tarifárias interferem no custo da energia elétrica?

Como se não bastasse a crise energética que o Brasil sempre viveu, foi criada em 2015 uma maneira de tornar o custo da energia ainda mais caro para o consumidor brasileiro. O nome dessa estratégia é bandeira tarifária e, ao contrário do que muitos pensam, ela sempre incide na conta de luz. Acontece que em alguns momentos ela está na cor verde e nenhum acréscimo financeiro ocorre.

Sim, isso mesmo. Trata-se de um sistema de cores no qual cada cor indica um determinado valor de acréscimo ao kWh (quilowatt-hora), unidade de medida utilizada para fazer a cobrança de energia elétrica. Além disso, também foi criado uma nova bandeira em agosto de 2021 chamada de “bandeira escassez hídrica”. Logicamente, seu valor é ainda maior que os anteriores.

Em resumo, quando a bandeira está sinalizada na cor verde, as condições de geração de energia são favoráveis e não há nenhuma cobrança a maior. Já no segundo nível, o de bandeira amarela, é adicionado R$ 1,874 a cada 100 kWh consumidos.

No nível seguinte, existem dois patamares. O primeiro deles é a “bandeira vermelha ― patamar 1” e quando ela está em vigor, as contas de energia elétrica ficam R$ 3,971 mais caras a cada 100 kWh consumidos. Já a próxima elevação, a “bandeira vermelha ― patamar 2”, o valor adicionado é de incríveis R$ 9,429 para cada 100 kWh.

Por fim, houve a criação de uma nova bandeira em 2021, em plena crise da pandemia. O que era caro ficou ainda mais oneroso para o consumidor. A “bandeira escassez hídrica” adicionada nada menos que R$ 14,20 para cada 100 kWh de consumo.

Como as empresas podem evitar passar por uma crise energética?

Em meio a todos esses fatores, a busca pela otimização do uso da energia é uma das principais preocupações dos empresários nos dias de hoje. Por isso, separamos algumas dicas simples e úteis para aplicar em sua empresa. Veja algumas delas.

Invista nas alternativas de iluminação

Trocar as lâmpadas comuns por um sistema de LED e investir em cores claras na pintura do teto ou paredes são boas opções na eficácia da iluminação do ambiente. Isso reduz o total da conta de energia no fim do mês e ainda deixa o local mais agradável.

Além disso, a empresa pode aproveitar também a iluminação natural. Ela é a melhor fonte de luz que existe e isso pode ser feito com simples mudanças arquitetônicas. Uma delas é o uso de telhas translúcidas que aumentam a incidência da luz do sol.

Outra alternativa é optar pelo uso de energia solar. Ela é uma fonte energética limpa e abundante na maior parte do país, além de possuir diversas vantagens para empresa. O investimento geralmente se paga em alguns anos.

Cuide dos condicionadores de ar

Faça sempre a limpeza dos filtros e das entradas dos aparelhos. Quando a manutenção é feita regularmente, a necessidade de energia para manter o bom funcionamento é menor. Se possível, invista na circulação de ar natural. Afinal, janelas e claraboias são ótimas tanto para ventilação quanto para iluminação.

Uma boa medida é investir em um telhado que apresente uma troca térmica inteligente com o meio ambiente. Um exemplo são as telhas térmicas. Elas são capazes de ter uma dupla ação, tanto no verão quanto no inverno.

No primeiro caso, elas impedem que o calor adentre a edificação, exigindo menos do condicionador de ar. Já no segundo caso, ela preserva o calor dentro da edificação, não sendo necessário o uso de aquecedores.

Faça a manutenção das máquinas

Atente-se ao prazo de manutenção dos aparelhos de sua empresa e acompanhe sempre o gasto energético. Certifique-se de que as tomadas não estão superaquecendo e se não há pequenas sujeiras nos motores que diminuem a eficiência das máquinas.

Isso deve fazer parte de um plano de manutenção bem elaborado, que preveja a troca periódica dos componentes da instalação elétrica. Assim, a eficiência dos equipamentos aumenta e não há perdas por fuga de corrente, tão ocasionada por dispositivos elétricos que apresentam mau funcionamento.

Quais são as expectativas para a crise energética nos próximos anos?

Algumas medidas tomadas no passado já surtem efeitos e podem contribuir para amenizar a crise energética que vivemos. Uma delas foi o marco da energia solar, que teve sua legislação apresentada em 2012 e contribui até hoje para a expansão dessa forma de geração de eletricidade no país. Isso ocorre tanto com a micro geração quanto com novas usinas solares de médio e grande porte.

Outra medida importante diz respeito à expansão do mercado livre de energia. Com ele, o consumidor poderá escolher de quem comprar energia, não ficando preso à geração regulada que vem do governo. Essa é uma ótima medida para abolir a incidência das bandeiras tarifárias que tanto oneram a conta de energia elétrica.

A crise energética sempre fez parte do cenário brasileiro. Nunca fomos capazes de atender plenamente a demanda por energia de nossas casas e indústrias. No entanto, novos projetos vêm sendo colocados em prática, a exemplo do novo marco da energia solar de 2012 e do marco do gás natural em 2019, além da expansão do mercado livre de energia. Essas são formas práticas que estão sendo implantadas para lidar com a crise.

Conseguiu esclarecer suas dúvidas sobre a crise energética neste post? Então não deixe de comentar abaixo qual é seu pensamento a respeito do assunto![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]