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Impactos da energia fotovoltaica no orçamento domiciliar

23/07/2021 | Uncategorized

1. Introdução

Os gastos com energia elétrica assombram muitos brasileiros, e todos os anos a tarifa energética tende a subir. Dessa maneira, urge encontrar novas formas de consumir energia e, ao mesmo tempo, economizar. Uma boa forma de alcançar isso é apostando na energia fotovoltaica, uma tecnologia em ascensão no Brasil.

Por isso, fizemos este guia completo sobre a economia na conta de luz com o uso da energia solar. Acompanhe as informações que separamos para que você conheça melhor essas vantagens!

2. Como a conta de luz impacta no orçamento domiciliar?

2.1 Conta de luz no Brasil

No Brasil, os consumidores pagam uma das contas de luz mais caras do mundo. Existem diversos motivos para isso, e é comum que muitas pessoas pensem logo que a tributação é responsável por isso. É verdade que o ICMS incide com uma taxa de 20% sobre as faturas de energia, o que vem discriminado no documento, mas existem outros itens que são cobrados e que nem sempre são conhecidos.

Um exemplo disso é a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que é uma iniciativa da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para financiar descontos para determinados usuários. Entre eles estão os consumidores de baixa renda, moradores da zona rural e o serviço público de saneamento básico. O fato é que o fundo é composto por uma arrecadação anual cobrada das concessionárias de energia, que acaba sendo repassada nas contas energéticas.

Um outro ponto é o crescente aumento dessas contas todos os anos. Além dos reajustes, o crescimento do custo da energia é compensado pelas bandeiras tarifárias, que foram criadas em 2015. Essa cobrança diferenciada depende das condições de produção de energia, como o nível dos reservatórios das hidroelétricas.

As bandeiras são divididas em quatro níveis: Verde, Amarela, Vermelha Patamar 1 e Vermelha Patamar 2. A Bandeira Verde significa que as condições de geração de energia são favoráveis e, portanto, não há acréscimo. Quando as condições são menos favoráveis, são aplicadas as Bandeiras Amarela, Vermelha 1 e Vermelha 2 que, a cada quilowatt-hora consumido, geram um acréscimo de 10, 30 e 50 centavos, respectivamente.

2.2 Dificuldades dos consumidores

Diante desses altos custos, muitas pessoas acabam ficando insatisfeitas ou tendo dificuldades para pagar a conta de luz. Uma pesquisa realizada em 2015 pela entidade Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) comprovou que os serviços de consumo, como a eletricidade, eram os grandes vilões do orçamento doméstico de 37% dos consumidores consultados.

Ainda de acordo com esses dados, o impacto da eletricidade na renda é ainda maior. Para as classes C e D, foi observado que a conta de luz pesava para 41% dos consumidores. Já observando os perfis de consumo, das pessoas que se consideravam muito econômicas, 61% achavam o impacto das contas de energia pior.

A inadimplência entre os brasileiros tem crescido ao longo dos anos. Segundo o Serasa, em 2018 cerca de 40% dos adultos tinha contas atrasadas há pelo menos 90 dias. Isso significa que cerca de 61,5 milhões de pessoas encontravam-se no vermelho. E o que mais impressionou foi que as dívidas de serviços como a conta de luz superavam os valores devidos aos bancos e cartões de crédito.

Esse cenário ainda tende a piorar com os aumentos no preço desse serviço. Para 2020, já estava programado um aumento de 2,42% pela Aneel. Dessa maneira, cabe aos brasileiros encontrar formas de driblar esses valores elevados. Com a pandemia de COVID-19, as pessoas estão passando mais tempo em casa e, consequentemente, consumindo mais eletricidade. Além disso, muitos usuários reclamam de taxas abusivas por parte das companhias elétricas, como relatado pelos consumidores de Belo Horizonte.

Uma opção é buscar economizar no consumo de eletricidade, o que se torna mais difícil com a necessidade de uso dessa tecnologia. Assim, encontrar novas formas de produção de energia pode ser mais eficiente para diminuir a fatura energética.

3. Como funciona a energia fotovoltaica?

3.1 Surgimento da energia solar no Brasil

Por muitos anos, a energia fotovoltaica tinha pouca utilização no Brasil. Como só existiam sistemas isolados, que não eram conectados à rede, o uso dessa tecnologia era restrito a pontos remotos, onde não havia distribuição da rede concessionária. Assim, em algumas zonas rurais e vilarejos, a fonte de eletricidade principal era a solar, com sistemas que tinham baterias acopladas.

Esses sistemas ainda são utilizados nessas regiões, mas a popularização da eletricidade fotovoltaica teve início em 2012. Nesse ano, a Aneel publicou a Resolução Normativa 482 que regulamentou a compensação de energia entre o sistema gerador de eletricidade e a empresa de energia.

Foi com essa medida que os consumidores domésticos passaram a utilizar a energia fotovoltaica, já que a Resolução também definiu os termos para micro e mini geração. Após isso, outras medidas foram tomadas, facilitando ainda mais o acesso à tecnologia. Pensando em diferentes ambientes domésticos, foram criadas formas de consumo que abrangessem essa diversidade.

3.2 Funcionamento

É muito importante entender como a energia solar é gerada. Por meio da captação dos raios solares pelos painéis solares, é produzida a eletricidade. Ali, graças ao meio semicondutor das células que compõem o equipamento, o efeito fotovoltaico transforma a energia radiante do sol em energia elétrica.

Dessa forma, parece que esse processo é perfeito, mas é necessária uma outra intervenção. A corrente gerada nos módulos é contínua (CC); como é necessária a compatibilidade com a rede concessionária e com os equipamentos elétricos, a corrente deve ser alternada (CA). Isso é feito pelo inversor solar que é inserido entre os painéis e o resto da instalação.

3.3 Instalação

Um dos pontos críticos da instalação do gerador de energia solar é a fixação dos módulos fotovoltaicos. Nos ambientes domésticos, geralmente esses elementos são instalados sobre o telhado e, nesse sentido, existem vários cuidados a serem tomados.

A inclinação dos módulos é de extrema importância para o funcionamento adequado do sistema. O melhor ângulo é aquele que seja compatível com a latitude da localidade. Se tal configuração não for possível, deve-se escolher o mais próximo. Também é importante, para maior eficiência, que as faces estejam voltadas para o Norte geográfico.

No processo de instalação, é necessário observar a presença de sombras sobre o telhado. Então, se for necessário, é indicada a remoção dos objetos que causam o efeito.

Esse é um trabalho complexo, já que desde o momento em que fica exposta ao sol a placa solar é eletrizada. Por isso, em nenhuma hipótese a fixação deve ser feita pelo cliente. Apenas profissionais habilitados devem realizar essa atividade.

4. Como a energia fotovoltaica impacta na conta de luz?

Quando um consumidor adere à energia solar em sua residência, essa passa a ser a sua fonte primordial de eletricidade. Levando isso em consideração, é possível depender o mínimo possível do fornecimento usual de energia. Dessa forma, os descontos na conta de luz podem chegar a 95%. No entanto, é preciso ter em mente que isso depende do consumo da residência e do tamanho do sistema.

Para chegar ao máximo de desconto, é necessário que o sistema seja planejado com base no consumo daquela unidade dos últimos 12 meses. Outro fator importante é que a irradiação é determinante na eficiência. No Brasil, graças à alta irradiação, isso não costuma ser um problema, mas é preciso ter em mente que longos períodos nublados podem comprometer a geração.

5. Quais são os outros benefícios da energia fotovoltaica?

5.1 Baixo custo de manutenção

Apesar da complexidade e da importância do sistema fotovoltaico, a sua manutenção é simples. Quando se conta com uma instalação adequada, feita por profissionais competentes, não é necessário se preocupar com as conexões e ligações internas, nem com os dispositivos de segurança, já que estes são próprios ao sistema.

Em resumo, a manutenção se dá por uma limpeza dos módulos, o que é de extrema importância para tirar as camadas de poeira acumulada, folhas, galhos e dejetos de pássaros, que podem chegar à superfície do equipamento. Isso é válido para que a sujeira não impeça a penetração dos raios solares.

Além disso, é necessário verificar se os parafusos das estruturas metálicas que fixam os painéis sobre o telhado estão firmes, o que é um processo muito simples.

5.2 Diferentes formas de consumo

A forma mais comum de utilização da energia solar pelo consumidor doméstico é pela instalação dos equipamentos na parte superior de sua casa. Muitas pessoas, quando pensam nessa tecnologia, a associam a essa imagem clássica: uma casa grande com um telhado coberto por painéis solares. No entanto, essa não é a realidade de todos os brasileiros. E sendo a energia solar uma forma revolucionária de economizar, é preciso que ela seja acessível a todos.

Em 2015, a Aneel passou a permitir, por meio da RN 687, o compartilhamento de energia solar. A partir disso, foram criadas três formas de consumo: a energia compartilhada, o autoconsumo remoto e o empreendimento com múltiplas unidades consumidoras. Para demonstrar a importância desse marco, ilustraremos cada modalidade com exemplos práticos.

A Resolução deu abertura para a formação de consórcios e cooperativas entre diferentes indivíduos para a contratação desse serviço, caracterizando a geração compartilhada. É possível que sejam pessoas físicas ou jurídicas, mas o grupo formado deve ser homogêneo. Depois de reunido, o grupo buscará um espaço físico apropriado para a instalação de um sistema de tamanho suficiente para suprir a demanda energética de todos os membros.

É imprescindível que o local seja diferente das unidades consumidoras. Além disso, os custos da instalação e do aluguel do espaço serão partilhados entre todos. Isso vale para a energia gerada e os créditos acumulados, pois tudo deve ser dividido igualmente.

Um bom exemplo é uma associação de moradores de uma rua onde um grupo expressivo quer se beneficiar da geração própria de eletricidade. Para que seja mais barato e para ajudar aqueles que não têm área suficiente em sua própria casa, esses moradores podem formar um consórcio para usufruir da geração compartilhada.

Diferentemente da opção anterior, o autoconsumo remoto envolve apenas um consumidor. Nesse caso, o público-alvo é diferente, pois trata-se de uma pessoa física ou jurídica que possui mais de uma propriedade. Então, o sistema fotovoltaico é instalado em uma delas para fornecer energia para a(s) outra(s). Aqui, a regra é que as propriedades estejam sob a mesma área de concessão e, claro, tenham a mesma titularidade.

Essa é uma forma de consumo muito vantajosa para uma pessoa física que possua duas casas. Considerando que uma delas seja localizada em uma região litorânea e a outra em um centro urbano, o aproveitamento será maior no litoral, já que na região metropolitana a poluição pode diminuir um pouco a eficiência. Assim, a eletricidade produzida na casa de praia pode compensar o consumo da residência física. Nesse caso, é importante que as duas residências sejam atendidas pela mesma concessionária de energia.

Por fim, falta pensar em uma solução para pessoas que vivem em apartamentos, e o empreendimento com múltiplas unidades consumidoras é ideal para isso. Essa é uma opção em que o sistema é instalado no condomínio e a energia gerada é consumida pelos apartamentos ali existentes. A responsabilidade fica a cargo da administradora, mas os créditos e os custos pertencem aos moradores. É possível também que a eletricidade seja distribuída para alimentar as áreas comuns, como elevadores, corredores e áreas de lazer.

5.3 Energia de baixo impacto ambiental

Ao contrário de outras formas de energia, como aquelas que fazem a queima de combustíveis fósseis, a energia solar não gera poluição atmosférica, já que a sua única fonte é a radiação do sol. Dessa maneira, ela é considerada com uma forma limpa de gerar eletricidade, o que é muito importante em um mundo que enfrenta diversas catástrofes ambientais.

Ainda que existam outras formas de geração de energia limpa, como a hidreolétrica e eólica, a eletricidade fotovoltaica se difere delas por ter baixo impacto em sua geração. A energia solar não produz impacto significativo no ecossistema ao seu redor, diferentemente das hidroelétricas que inundam áreas extensas para a sua instalação. A energia eólica tem como desvantagem a poluição sonora de suas turbinas, enquanto a fotovoltaica não produz ruídos.

6. Conclusão

A energia solar tem impactos positivos sobre o orçamento familiar porque ela é capaz de tornar os consumidores independentes das taxas elevadas do serviço de fornecimento de energia. Para isso, é preciso contar com uma empresa responsável, como a Solarprime, que oferece uma gama de soluções para diferentes consumidores!