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O que analisar nas etiquetas de eficiência energética? Confira!

21/11/2018 | Dicas

Se você anda preocupado com o valor da sua conta de luz e não sabe mais como economizar para diminuir esse custo, está na hora de entender sobre classificação energética e aprender a analisar as etiquetas de eficiência, ao comprar um eletrodoméstico.

Essas etiquetas nada mais são do que rótulos que informam, entre outras características dos equipamentos domésticos, a sua eficiência energética.

Por isso, se você está pensando em comprar um eletrodoméstico ou quer saber melhor sobre os que já tem, confira o post a seguir!

Por que determinar a eficiência energética é importante?

Para começar, é importante entender o que é eficiência energética. De forma geral, ela está relacionada ao modo mais eficiente de se usar energia, a fim de obter um resultado.

Por exemplo, há alguns anos, houve a mudança de lâmpadas incandescentes por lâmpadas mais econômicas, como as de LED.

Isso porque a opção de LED economizava cerca de 90% da energia que o outro modelo consumia. Além disso, sua durabilidade é maior: cerca de 6000 horas, enquanto a incandescente durava cerca de 750 horas.

Dessa forma, a nova lâmpada podia entregar o mesmo resultado, com um custo bem menor na conta de luz, além de gerar menos calor e danos ao Meio Ambiente. Ou seja, foi uma escolha que tinha mais eficiência energética.

Da mesma maneira, o conceito pode ser aplicado na aquisição de eletrodomésticos e eletrônicos. Para isso, foram criados alguns sistemas de classificação energética, a fim de ajudar o consumidor.

Como funciona a classificação energética?

Atualmente, os modelos de classificação energética utilizados no Brasil são o Selo Procel e a Classificação do Inmetro.

Selo Procel

O selo PROCEL — identificado por uma lâmpada com rosto sorridente — é uma forma simples de o consumidor saber quais são os equipamentos e eletrodomésticos que consomem menos energia dentro de cada categoria.

Existindo desde 1993, ele é um indicador importante na hora da compra de um novo equipamento. Afinal, com a correta identificação do aparelho em termos de eficiência energética, é possível contribuir para o consumo sustentável de energia e também economizar dinheiro, quando você for pagar a conta de luz.

Selo Inmetro

Utilizado desde o apagão em 2001, o selo do Inmetro avalia os equipamentos por nível de eficiência energética, dentro de uma classificação que vai de A até G — A são os mais eficientes e G os menos eficientes.

O nível de eficiência atribuído pelo selo do Inmetro também tem um código de cores na etiqueta presente nos equipamentos e eletrodomésticos. Essas cores também refletem a relação entre energia gasta e desempenho. Elas começam no verde — mais eficiente — e vão até o vermelho — menos eficiente.

Para você entender na prática, a diferença que pode fazer no seu bolso, optar por um equipamento de classe A em vez de outro, classificado como B: se pegarmos uma máquina de lavar roupas, a de classe A economizará 21% de energia em relação à B, para realizar a mesma função.

A estimativa de kWh consumido por mês

As etiquetas de eficiência energética também trazem dados relativos a uma estimativa de consumo do equipamento, que geralmente é expressa em kWh. Para você calcular o consumo médio, esse número dependerá do seu hábito de uso.

A conta é a seguinte: multiplica-se a potência do equipamento pelo número de horas que ele será utilizado no mês, e pelo número de dias de uso mensal. O resultado deverá ser dividido por 1.000 e, então, você chegará à estimativa de kWh consumido por mês.

Vale ressaltar que alguns valores serão diferentes dos calculados para aparelhos que ligam e desligam periodicamente, como geladeiras, freezers e ar-condicionados.

De acordo com uma tabela elaborada pelo PROCEL, uma cafeteira elétrica, utilizada todos os dias por 1 hora, tem um consumo médio de 6,56 kWh. Já uma geladeira de 2 portas frost free, chega a consumir 56,88 kWh durante o mês.

Para saber o quanto isso vai custar na conta de luz no final do mês, procure no boleto emitido pela concessionária da sua região o valor que ela cobra por kWh e você terá o resultado em reais desse consumo.

Os selos de classificação energética vão mudar?

Com a estiagem e as contas de energia mais caras, tem se falado em uma nova classificação, que seja mais precisa e, de fato, possa indicar ao consumidor a eficiência energética de cada aparelho.

Isso porque, atualmente, a classificação do Inmetro está defasada. Ou seja, grande parte dos eletrodomésticos são classificados em A, mas isso não significa maior eficiência, já que os padrões mudam com o tempo.

Por isso, a classificação dos refrigeradores, por exemplo, deve ser feita em três níveis: A+, A++ e A+++, que representariam diferença de 10%, 20% e 30% de consumo. Ou seja, um refrigerador A+++ economizaria 30% na conta de energia, já um A+, somente 10%.

A mudança obrigatoriamente ocorrerá até 2022, mas ainda há outros desafios. Nesse sentido, os aparelhos disponibilizados devem ser revistos e muitos podem até cair de nível, abaixo de A — reclassificação prevista para 2025.

No futuro, a intenção do Inmetro é adotar a norma europeia, sem subclasses. Obrigatória a partir de março de 2021 na Europa, a etiquetagem vai ser feita de A à G para que se torne mais simples a interpretação. Ou seja, foram excluídos os vários níveis “A”.

Porém, em um momento inicial, os equipamentos não serão classificados em A — o melhor rendimento —, a fim de incentivar o desenvolvimento de aparelhos mais eficientes. Além disso, equipamentos que constavam como “A” deverão receber novas classes abaixo, podendo cair até para “D” na nova escala.

O que fazer para diminuir a estimativa de energia mensal?

Independentemente dos sistemas adotados pelo país, o que importa é a correta colocação de cada equipamento em seu nível de eficiência real. Assim, o consumidor pode confiar, de fato, na classificação energética indicada.

Além disso, ele também pode adotar outras práticas para diminuir a estimativa de energia que gastará no mês. Por exemplo:

  • não deixar os aparelhos em stand by;
  • instalar modelos de ar-condicionado mais econômicos, como o split;
  • usar a capacidade total dos equipamentos que gastam mais, como máquina de lavar.

A classificação energética nos equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos é fundamental. Assim, é possível analisar as etiquetas de eficiência energética, fazer melhores escolhas e economizar com a conta de luz. Porém, é preciso um bom sistema, que corresponda à realidade dos equipamentos e seja confiável. Ou seja, é importante a constante avaliação dos equipamentos e a adaptação das escalas de eficiência energética.

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