Energia solar no Brasil: confira um panorama completo!

20/05/2020 | Notícias

A energia solar no Brasil encontra-se em expansão desde o seu estabelecimento, quando surgiram as primeiras unidades consumidoras conectadas à rede. Entender como esse setor funciona é fundamental para quem tem interesse em investir na área.

Neste texto, falaremos sobre diversos aspectos referentes a energia solar, destacando os motivos que fazem esse ser um mercado promissor, a origem e a instalação dessa tecnologia no Brasil, seu funcionamento e como fazer um investimento propriamente dito. Acompanhe!

O mercado de energia solar é realmente promissor?

Para entender como o mercado de energia solar no Brasil, é preciso conhecer alguns aspectos dessa tecnologia. Nesse sentido, vamos exemplificar principais fatores e vantagens. De início, podemos dividir as vantagens da energia solar em aspectos econômicos e sustentáveis. Veja só:

Economia

Não é novidade que a eletricidade brasileira é cara e que os consumidores sofrem as constantes inserções de bandeiras que encarecem ainda mais a conta. Dessa forma, quando alguém passa a aderir ao consumo de energia solar no Brasil como fonte principal em sua residência, o valor da fatura tem uma queda, que varia entre 50% e 95%.

A diminuição do gasto com eletricidade depende do consumo daquela unidade, da quantidade de módulos que serão utilizados no sistema, entre outros fatores. Pensando que existem variações de consumo em diferentes meses do ano, há momentos em que esse gasto excede a capacidade de produção e outros em que o que é consumido é menor.

Mesmo assim, os clientes da energia fotovoltaica não saem no prejuízo, porque um sistema de créditos faz a compensação dos dias em que houve mais consumo, pelos dias em que houve geração e energia excedente. A geração de empregos também é um impacto econômico favorável. Graças a expansão do setor, segundo a Absolar, até 2035 atingiremos 672 mil empregos gerados pela energia solar.

Sustentabilidade

Contribuir para um mundo mais sustentável é a preocupação de muitas pessoas. Com as crescentes mudanças climáticas, poluição atmosférica e esgotamento dos recursos naturais, é imperativo aliviar os efeitos da produção de eletricidade no planeta.

A utilização de fontes renováveis é importante pela economia de recursos que elas proporcionam. No entanto, é necessário observar outros aspectos dessas opções e colocar na balança. No Brasil, boa parte da matriz energética é derivada das hidrelétricas, que constituem uma fonte renovável. No entanto, a inundação de áreas quilométricas provoca um grande impacto negativo.

Vislumbramos o crescimento da necessidade de utilização de eletricidade no planeta, por isso, poupar a energia produzida de forma não sustentável é uma forma evitar a degradação ambiental. As fontes renováveis são muito importantes para a manutenção de um consumo consciente. Assim, é necessário prestar atenção no que é utilizado.

A energia solar é renovável por derivar do sol, que é inesgotável. Além disso, a instalação dos seus equipamentos tem impactos reduzidos a unidade consumidora, tornando-a mais atrativa para a preservação natural.

Crescimento do mercado

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil começou o ano de 2020 com 200 mil sistemas fotovoltaicos instalados. Desde 2012, houve um aumento de investimento de 12 bilhões de reais no setor. Já de acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a previsão para o ano de 2024 é que o número de clientes da energia solar ultrapasse o número de 886 mil.

Incentivos e potencial

Existem linhas de créditos e incentivos fiscais especiais para a tecnologia fotovoltaica. O BNDS passou a incentivar pessoas físicas a investir em energia solar em 2018, quando incluiu esse grupo no Programa Fundo Clima.

Esse programa tem o objetivo de financiar a compra de equipamentos que atuem na eficiência energética, incluindo os equipamentos de energia solar. Um outro incentivo fiscal importante foi a concessão de isenção de ICMS, em 2015, para compra de equipamentos que produzam energia fotovoltaica, como inversores e painéis.

Além disso, o mercado é muito promissor devido o potencial solar. Graças a localização geográfica privilegiada, há uma grande incidência de raios solares em todo território nacional, o que é fundamental para essa forma de energia. Ao contrário de outros países, no Brasil há poucos problemas de dias nublados que, ainda assim, não atrapalham significativamente a captação dos raios.

Qual a origem da energia solar como investimento?

Surgimento da tecnologia

Foi o físico francês Alexandre Becquerel que observou pela primeira vez o efeito fotovoltaico, em 1839. Ao longo dos anos, vários cientistas exploraram essa descoberta, contribuindo para o desenvolvimento da tecnologia. Foi em 1954 que a primeira célula fotovoltaica foi apresentada durante a reunião anual da National Academy of Sciences.

O dispositivo foi desenvolvido pelo químico da Bell Labs Calvin Fuller, depois de muitas tentativas e substituição de materiais. Na demonstração a célula foi usada como uma fonte de energia, como uma bateria, para alimentar um rádio que transmitiu algumas palavras. Com a repercussão, o experimento foi publicado no Jounal of Applied Physics e rendeu o registro de uma patente.

Primeiras aplicações da energia solar

Fora de um experimento controlado, com o objetivo de atrair os olhares da comunidade científica, a primeira aplicação prática das células fotovoltaicas ocorreu na cidade norte-americana de Americus, no estado da Georgia. Então em 1956, um painel composto por nove células fotovoltaicas foi utilizado com sucesso para alimentar uma rede de telefonia.

Apesar da boa eficiência, o que se compreendia na época era que o custo para produção do equipamento era demasiadamente alto, dificultando a competitividade com outras formas de energia.

Mesmo assim, em 1958, a NASA aceitou utilizar as células solares como backup de pilhas químicas que alimentavam um satélite. Assim, o Vanguard I foi lançado no espaço e as pilhas acabaram falhando. No entanto, o pequeno painel solar que produzia cerca de 0,1 W de potência manteve o transmissor funcionando além das expectativas, e o Vanguard I funcionou por oito anos.

Com esse sucesso, o programa espacial norte-americano passou a utilizar a energia fotovoltaica como fonte para seus satélites que ainda iriam orbitar. A grande vantagem dessa tecnologia era a sua eficiência e o baixo peso dos componentes.

Logo, o programa espacial soviético passou também a adotar as células solares e a corrida espacial da década de 1960 contribuiu para o melhoramento desses dispositivos. Nessa época a aplicação fotovoltaica era muito específica, restrita a satélites e boias de navegação.

Com a crise do petróleo nos anos de 1970, que chegou a quadruplicar seu valor, surgiu a necessidade de utilizar fontes de energia que não fossem os combustíveis fósseis. Começaram, então, vários estudos que visavam diminuir os custos de produção das células fotovoltaicas. Além do barateamento, houve um aumento da eficiência e
nergética.

De que forma esse setor se instalou no Brasil?

No Brasil, a energia solar começou a ser comercializada em 2012 quando a Aneel publicou a Resolução Normativa 482. Essa NR serviu, principalmente, para regulamentar a troca de energia entre a unidade produtora e a rede concessionária. Antes disso, a tecnologia fotovoltaica só era usada em lugares remotos onde a cobertura da rede usual não chegava.

A partir dessa regulamentação foi adotado o sistema de créditos. Ele serve para registrar a energia que sai e a que entra em um sistema gerador. Por meio dele, os dados de consumo e produção de energia são registrados no relógio bidirecional e o excedente de energia gerada (e não utilizada) é guardado como um crédito, a ser abatido no valor da fatura da conta de luz.

Com o passar do tempo, outras medidas e resoluções foram adotadas de acordo com as demandas que surgiam nesse meio. Dessa maneira, a tecnologia começou a atrair o interesse de muitas pessoas graças, principalmente, ao barateamento dos equipamentos e da sua durabilidade também.

Para os lugares afastados, os sistemas não conectados continuaram atuando da mesma forma, com baterias que armazenam carga para a noite e dias nublados.

Como funciona o setor de energia solar no país?

O setor de energia solar no Brasil é dividido pelas diferentes formas de consumo e entender suas ramificações, pode fazer toda diferença. A geração compartilhada, por exemplo, foi regulamentada em 2015 e passou a tornar a tecnologia fotovoltaica ainda mais acessível.

Esse consumo se caracteriza pela reunião de pessoas (físicas ou jurídicas) por meio de um consórcio ou associação para divisão de créditos de um único sistema de energia solar. A instalação é feita em um local diferente das unidades consumidoras, e tanto os custos quanto a eletricidade produzida são compartilhados entre os membros desse grupo.

Essa é uma opção interessante para quem tem interesse em gerar a própria energia, mas não tem o espaço disponível para fixação dos painéis. Isso vale também para quem não tem, sozinho, capital suficiente para arcar com o investimento.

O chamado empreendimento com múltiplas unidades consumidoras é uma opção bem específica para quem quer consumir energia solar em condomínios. Nesse caso, a responsabilidade do sistema cabe a administração do condomínio, e os custos são divididos entre todos os moradores. A energia gerada deve alimentar as necessidades dos apartamentos e cobrir o consumo das áreas comuns, como corredores e elevadores.

Como começar a investir em energia solar?

Entenda o setor

Conhecer o posicionamento de um setor no mercado consumidor, é essencial antes de abrir uma empresa, e isso se aplica à energia solar. Uma boa dica é pesquisar as empresas que já existem e a sua forma de atuação, para entender os principais serviços oferecidos.

Ainda dentro dessa pesquisa, busque descobrir qual a relação dessas empresas com os seus clientes. Isso vale desde aqueles que contrataram os serviços da empresa em questão, até pessoas que apenas entraram em contato para esclarecer as dúvidas.

Uma boa forma de conseguir essas informações é acessando os perfis das marcas nas redes sociais. Muitas vezes, os usuários comentam nas postagens a respeito de suas dúvidas e, ainda, usam o mesmo espaço para fazer elogios.

Outra medida interessante é acessar os canais voltados para avaliação de negócios, como é o caso do Reclame Aqui. Dessa forma, é possível descobrir os principais problemas dos quais os consumidores reclamam e investir em um diferencial competitivo.

Focar no atendimento ao cliente pode ser crucial para o desenvolvimento dos negócios. No setor fotovoltaico, isso envolve mostrar todas as opções de serviço e ajudar na escolha daquele que se encaixa melhor nas necessidades. Após isso, o acompanhamento pós-venda demonstra uma preocupação e auxilia no controle da eficiência do sistema.

Escolha o seu modelo de negócio

O seu modelo de negócio deve ser determinado pela sua experiência como empreendedor e pelo capital disponível para investimento. Tenha em mente que é necessário ter dinheiro para circulação do caixa. Assim, principalmente em se tratando de novos empreendedores, é mais indicado começar de forma segura.

Pensando nisso, investir em uma franquia de energia solar pode ser a melhor opção. O motivo disso é que a marca franqueadora já possui o know-how do negócio, já está estabelecida no mercado consumidor, sendo reconhecida dentro de um nicho. Essa marca já testou e consolidou campanhas de marketing, listas de fornecedores, política interna e cultura de valores.

Além disso, quando o empreendedor busca uma empresa experiente, são encontradas diferentes opções para caber dentro das condições que possui. Para aqueles que querem começar a entender como gerir esse tipo de negócio, sem arriscar muito, o modelo home office é o ideal.

Com ele o franqueado realiza um investimento de valor mais baixo, podendo realizar todas as atividades da própria casa. Além da flexibilidade de horários, essa é uma forma de evitar os custos de aluguel de loja, para acumular capital e ampliar a atuação no futuro.

Empresários com instituições já consolidadas costumam se interessar pelas vantagens da tecnologia fotovoltaica. Para eles, o Business In pode ser uma solução para unir um negócio existente com a venda de energia solar. Esse modelo é indicado para a agregação em um ponto comercial de um setor afim, como casas de materiais de construção, lojas de equipamentos elétricos e hidráulicos, entre outros.

Pensando em agregação de setores, é possível que um novo franqueado faça parceria com donos de outras lojas para utilizar o espaço com a finalidade de comercializar os serviços disponibilizados pela franqueadora.

Por fim, a loja Premium é um espaço físico exclusivo para o futuro franqueado que deseja se dedicar totalmente a fazer com que essa fonte renovável esteja disponível para mais pessoas.

Busque cursos na área

Se você quer investir em energia solar no Brasil, é preciso ter conhecimento do funcionamento dessa tecnologia. Para abrir esse tipo de negócio não é necessário ser formado em engenharia ou ter experiência em instalações elétricas, mas é indicado ter um conhecimento mínimo para transmitir confiança aos consumidores e colaboradores.

Em primeiro lugar, como empreendedor você deve saber como a eletricidade derivada do sol é gerada e como passar isso para os seus futuros clientes. O meio de ter esse conhecimento é buscar um curso preparatório na área. É mais indicado que seja um curso que forneça um certificado para entrar na lista de destaques do seu negócio.

Também é importante saber quais são os equipamentos fotovoltaicos e as funções que eles desempenham. Faz parte disso entender como são feitas as instalações e quais são os principais procedimentos de segurança que não podem ser deixados de lado.

Além dos cursos, procure participar de palestras e workshops. Dessa maneira, você descobrirá as principais novidades da área, antes mesmo que elas cheguem ao mercado. Esses eventos proporcionam networking, possibilitando parcerias que levarão a um desenvolvimento acelerado da sua empresa.

Forme um time competente

Gerenciar um negócio é um processo cansat
ivo e cheio de detalhes, como encontrar profissionais competentes para compor a equipe. Para trabalhar com energia solar vendendo o serviço de instalação de equipamentos, é preciso contar com diferentes tipos de colaboradores. Seja qual for a função de cada um deles, eles devem estar alinhados para o sucesso do negócio.

A produção de eletricidade é uma atividade séria, por isso, o amadorismo pode ser catastrófico para o progresso do empreendimento. A viabilização dos projetos fotovoltaicos depende da presença de um engenheiro, responsável pelo planejamento, pelo cálculo da eficiência e pelo gerenciamento da instalação.

Tão importante quanto o engenheiro é o eletricista. Lembre-se que os dispositivos que serão fixados em uma residência ou uma empresa possuem fios e cabos que conduzem corrente. Dessa maneira, por exemplo, assim que os painéis são expostos a luz do sol, acabam sendo eletrizados. Assim, é uma questão de segurança contar com um trabalhador certificado e experiente.

Mesmo que esteja no começo do funcionamento do negócio, é interessante buscar estratégias de vendas que o ajudem a lidar com a concorrência. Para tanto, não deixe de conhecer e estudar seus consumidores e, se necessário, contar com vendedores mais experientes.

Invista em treinamentos

Assim como uma equipe eficiente deve contar com profissionais que sejam experientes e formados em sua área, é imprescindível a capacitação dessas pessoas, que não se limita a sua instrução educacional.

A eletricidade fotovoltaica é a energia do futuro, capaz de sustentar um mundo que terá como escolha principal as tecnologias renováveis. Dessa forma, as novidades desse setor não param de surgir. Cientistas sempre buscam melhorar a eficiência energética dos equipamentos, novas leis surgem todos os anos e diferentes empreendimentos e formas de consumo aparecem com frequência.

Por isso, torna-se importante a renovação dos treinamentos que são dados ao início das atividades profissionais. Gerentes, gestores e o próprio proprietário devem participar desses treinamentos para que não haja divergência dos procedimentos adotados na rotina empresarial.

Vale a pena reservar uma data por mês para uma reunião em que sejam discutidas as dúvidas e erros que possam ocorrer durante as atividades laborais. Somando-se a isso e aos treinamentos a manutenção de palestras dentro do próprio escritório, torna-se mais fácil estar sempre um passo à frente no mercado.

Além disso, é papel da empresa incentivar seus funcionários a dar continuidade nos estudos formais. O contato com o ambiente acadêmico leva ao aperfeiçoamento das técnicas existentes e ao conhecimento de outras. O que pode ser de vital importância para a diferenciação dos serviços oferecidos.

Busque uma boa localização

A localização geográfica de sua empresa é um fator determinante para o sucesso. Isso porque mesmo um tipo de negócio próspero e com crescente participação no mercado pode encontrar dificuldade para se estabelecer em um local pouco favorável.

Cidades médias e grandes são mais favoráveis para a instalação dessas empresas. Além disso, o nível de insolação na região é um fator que pode fazer diferença. Assim, existem muitas cidades litorâneas que podem ser perfeitas para a venda de serviços fotovoltaicos.

Além disso, outra preocupação é encontrar um ponto comercial estratégico para instalação da base de vendas. Para fazer essa escolha, leve em conta qual é o seu público alvo categorizando idade, classe social e tipo de trabalho dessas pessoas.

A partir daí, já é possível reduzir o raio para encontrar um imóvel que seja correspondente com as expectativas. Busque locais perto de centros comerciais e ruas movimentadas onde o fluxo de pessoas é maior.

Não se esqueça da atuação online

Dificilmente se ouve falar de empresas que não tem participação na internet. Grande parte dos consumidores preferem realizar compras online e usam essa mídia para pesquisar os produtos e serviços que pretendem adquirir em lojas físicas. Por isso, é importante construir uma imagem da marca no mundo virtual.

A participação nas redes sociais é importante já que lá é possível fazer postagens, divulgar informações e lançar promoções visando o engajamento dos usuários. A atuação nesses espaços deve ser mediada por um profissional que entenda do marketing que é desenvolvido ali. Em geral, contrata-se um social media para tal serviço.

O social media será responsável por responder comentários sobre dúvidas, encaminhar reclamações, planejar e publicar postagens e entrar em contato com potenciais clientes. Nesse sentido, é indicado combinar com essa pessoa quais são os principais valores relacionados à marca.

Além disso, a criação de um site é uma forma de divulgação dos serviços. Ali é possível mostrar os cases de sucesso, ressaltando um atendimento personalizado para a necessidade de cada consumidor.

Pronto! Com esse panorama completo você já sabe como é o cenário da energia solar no Brasil e quais os primeiros passos para investir nesse setor. Lembre-se que encontrar uma franquia de confiança é uma forma segura de entrar nesse mercado.

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