A estação mais quente do ano traz consigo um aumento considerável na conta de luz, provocado, principalmente, pelo uso de eletrodomésticos como o ar-condicionado e ventiladores durante todo o dia. Por isso, a produção de energia solar no verão faz toda diferença nos seus gastos com esse tipo de despesa.
Por isso, este conteúdo exclusivo vai esclarecer tudo o que você precisa saber sobre o funcionamento da produção de energia por meio de um sistema fotovoltaico durante o verão. Vamos explicar como ficam os níveis de produção, os fatores que influenciam essa geração, além de dar exemplos práticos de como fica a sua fatura de luz. Acompanhe e confira!
Como o clima interfere na geração de energia solar?
A fim de determinar a dimensão de um sistema fotovoltaico, o primeiro passo é avaliar o local onde ele será instalado. Afinal, a oferta de sol é o principal fator ligado ao processo de geração de energia fotovoltaica, sendo que a sua irradiação oscila entre regiões.
Sendo assim, pode acontecer de dois sistemas que têm a mesma capacidade de produção apresentarem diferentes níveis de energia produzida, caso sejam instalados em cidades distintas, por exemplo.
A boa notícia é que para nós, brasileiros, o sol não é uma preocupação, pois vivemos em um país que apresenta condições de clima altamente favoráveis para a geração de energia utilizado a luz solar.
Além do mais, o Brasil tem níveis de irradiação mais altos do que diversos países que já produzem esse tipo de energia há muito tempo, sendo essa uma tecnologia consolidada em seus territórios.
Ainda assim, é fundamental conseguir compreender como o clima interfere na geração de energia solar, bem como atentar para algumas condições técnicas básicas para a composição do projeto. Dessa forma, estará garantida a eficiência máxima do sistema fotovoltaico.
Conheça, abaixo, os principais fatores que influenciam a produção de energia solar.
Tamanho dos dias
A extensão do dia é uma condição significativa, visto que quanto mais tempo o sol fica exposto, mais alta é a produção de energia pelo sistema.
O verão é a estação do ano cujos dias têm maior duração, enquanto o inverno tem dias mais curtos. Por isso, nas localidades inseridas no Hemisfério Sul, os sistemas fotovoltaicos produzirão um nível maior de energia entre os meses de dezembro a março.
Quanto mais perto uma cidade estiver da Linha do Equador, mais baixa será a oscilação na produção de energia durante o ano, devido à inclinação do eixo da Terra. Nosso país apresenta vantagem nesse quesito também, pois estamos próximos à Linha do Equador, fator que nos garante, aproximadamente, quase 5 meses de luz solar a mais do que em países da Europa.
Vale ressaltar que um sistema de geração de energia solar, quando corretamente dimensionado, considerará o nível médio consumido ao longo do ano.
Em um contexto no qual o perfil de consumo do imóvel se mantenha mais ou menos igual durante o ano — por exemplo, utilizando aparelhos de ar condicionado no verão e chuveiros elétricos no inverno —, possivelmente o sistema vai gerar mais energia do que possa consumir ao longo do verão.
O excedente produzido é convertido em créditos junto à concessionária de energia da região, que podem ser utilizados em épocas quando o cliente apresentar um consumo mais alto. Dessa maneira, no balanço geral, o sistema fotovoltaico atenderá por completo às necessidades de energia do imóvel.
Sujeira nos painéis
A sujeira nos painéis faz com que a produção de energia solar do sistema caia. Para você ter uma ideia, essa diminuição de energia pode atingir mais de 20%. Por isso, é importante ficar atento à manutenção dos painéis.
Vivemos em um país de dimensões continentais. Portanto, o tempo para que a manutenção seja feita varia de acordo com a região onde as placas estão instaladas. Em regras gerais, a limpeza das placas pode ser feita a cada 6 meses.
Porém, se o imóvel está localizado em lugares onde chove pouco, o indicado é que eles sejam limpos a cada 4 meses. Para você saber qual a periodicidade ideal para o seu sistema de energia solar, basta olhar os painéis e ver se eles têm muita sujeira ou não.
Caso você respeite as normas de segurança e também as orientações para manuseio das placas indicadas pelo fabricante, existe a possibilidade de você mesmo realizar a manutenção do painel solar.
Porém, o mais indicado é que esse serviço seja feito por profissionais devidamente qualificados e especializados, já que essa contratação não será cara.
Chuva
A chuva colabora bastante com a limpeza dos painéis solares. Por outro lado, ela é responsável por afetar a produção de energia do sistema. Na verdade, não se trata especificamente da chuva, mas sim da nebulosidade, que causa a diminuição dos níveis de irradiação. E a consequência de menos irradiação é a queda na geração de energia.
A maioria das regiões do nosso país tem índices de precipitação relativamente baixos. Por isso, as características do clima no Brasil representam um grande potencial da fonte solar, pois apresentam desempenhos altamente satisfatórios mesmo em cidades de dias mais cinzentos, como Curitiba.
Para dar uma ideia melhor, se usarmos como parâmetro de comparação a Alemanha, que está entre os países que mais produzem energia solar no mundo, ela fica bem abaixo do Brasil quando o assunto é nível de irradiação solar.
De acordo com o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (IDEAL), a região que apresenta maior índice de irradiação solar na Alemanha ainda tem 40% a menos de radiação do sol quando comparada a região menos ensolarada do Brasil.
Nebulosidade
Conforme citado acima, a produção em dias nublados realmente é menor devido ao baixo nível de irradiação. Ainda falando sobre isso, outro fator que influencia fortemente a ampliação da quantidade de energia elétrica gerada por um sistema fotovoltaico é a irradiância refletida.
Trata-se do conceito denominado Albedo, que é a capacidade que uma determinada superfície tem de refletir a radiação solar. Costumeiramente, os telhados que são claros apresentam maior poder de reflexão das placas instaladas. Assim, a energia elétrica gerada é maior.
Portanto, em resumo, podemos definir a irradiância, também chamada de intensidade luminosa, como a quantidade de energia procedente do sol que atinge uma determinada localização.
Por isso, podemos chegar à conclusão que os dias nublados geram menos energia do que os dias de sol constante, da mesma maneira que ao meio dia a geração de energia solar será maior do que no período da manhã ou no final de tarde.
Alta temperatura
Se você pensa que o calor favorece a geração de energia solar, está enganado. O fator primordial para a produção, na verdade, é a luz do sol. Aliás, essas placas costumam apresentar melhor funcionamento sob temperaturas mais baixas, considerando a temperatura do próprio painel e não a do ambiente.
Portanto, é imprescindível que os equipamentos usados no sistema não absorvam muito calor, sobretudo nas localidades mais quentes do país. Caso as placas apresentem um coeficiente de temperatura alto, isso significa que elas são de baixa qualidade. Só para você ter uma ideia, o coeficiente ideal de uma placa solar fotovoltaica deve estar entre 0,35 e 0,47%.
Como a energia solar no verão traz benefícios?
O investimento na produção de energia por meio da luz do sol é uma ótima opção ao longo de todo ano. Afinal de contas, o que influencia a geração pelas placas fotovoltaicas é a radiação solar. E isso nós temos durante o ano inteiro em nosso país.
Inclusive, o Brasil é considerado uma das localidades com maior incidência de radiação no mundo. Mas, não podemos negar, o verão é uma estação muito apropriada para implantação de um sistema de energia solar em empresas, residências, indústrias e na produção rural.
Quer conhecer os motivos? Vejamos, abaixo, as principais razões.
Maior incidência de radiação solar
Durante o verão é possível aproveitar o ápice do potencial de radiação solar, que, como falamos acima, é o fator principal para geração de energia por meio de um sistema fotovoltaico.
Dessa forma, de acordo com a capacidade de produção energética do seu sistema, você vai conseguir gerar um excedente de eletricidade, que será transformado em créditos na concessionária que atende seu imóvel. O prazo para utilização desses créditos é de até 5 anos.
Uso de aparelhos que consomem mais energia
Reduzir a conta de luz é algo que seu bolso agradece durante todo o ano, ainda por cima no verão. Afinal, trata-se de uma estação em que aparelhos como o ar-condicionado e os ventiladores são usados praticamente o dia inteiro.
Isso acontece tanto nas regiões mais quentes do norte e nordeste, como também nas regiões mais para baixo do país, que no verão atingem temperaturas e sensação térmica muito altas.
Por se tratarem de aparelhos eletrodomésticos que consomem muita energia, com certeza você notará um aumento na conta de luz nessa época do ano.
Nesse caso, investir na produção de energia solar, com certeza, é uma ótima forma de usufruir do conforto de ambientes frescos no calor intenso, sem que você tenha que colocar suas finanças e o abastecimento de energia da sua cidade em risco.
Redução de custos
Caso o seu sistema fotovoltaico esteja instalado no mesmo local de consumo, a realização do faturamento da sua conta de energia elétrica será bem simples.
A energia injetada em determinado posto tarifário deverá ser usada como compensação da energia que foi consumida nessa mesma localização.
Feito esse cálculo, caso haja algum excedente na produção de energia, esses créditos deverão ser usados para compensar o consumo em algum outro posto horário, caso exista. Isso deve ser realizado na mesma unidade consumidora e no mesmo ciclo de faturamento.
Dias mais longos
Já citamos o fato dos dias serem mais longos durante o verão, fazendo com que a produção de energia solar seja mais alta. Mas, para entender a razão dos dias durarem mais, é preciso compreender o conceito de solstício, palavra proveniente do latim, fusionando o termo sol (Sol) com sistere (que não se move).
A noção de dia que falamos aqui é referente ao período, dentro de 24 horas, que uma localidade é iluminada pela luz do sol. Solstício de inverno é quando acontece o dia mais curto do ano, marcando o início dessa estação. No hemisfério sul, ele acontece no final do mês de junho.
Inversamente, o solstício de verão determina o dia mais longo do ano, que ocorre no final de dezembro nas cidades localizadas ao sul da linha do Equador.
O solstício acontece por causa da inclinação do eixo da Terra em relação ao Sol. E, por causa dessa inclinação, na época do verão aqui no hemisfério sul, o pólo sul fica mais exposto ao sol do que o pólo norte. Com isso, os dias ficam mais longos e com maior nível de radiação, o que favorece a produção de energia solar das placas fotovoltaicas.
Maior controle sobre consumo
A conta de energia elétrica representa uma despesa fixa que acaba pesando no orçamento de qualquer imóvel, seja ele comercial ou residencial. Os constantes aumentos nas tarifas de energia aplicados pelas concessionárias dificultam muito o controle dos gastos.
Quando você opta por investir na produção de energia solar, controlar a geração e o consumo energético fica muito mais fácil. Além disso, você terá que pagar apenas a tarifa básica para a concessionária.
O controle sobre o consumo é possível por meio do inversor fotovoltaico que, quando conectado à internet, permite o acompanhamento da produção em tempo real e de onde você quiser. Afinal, você poderá visualizar tudo pelo seu smartphone e tablet.
Como avaliar se vale a pena instalar a energia solar?
Para que você consiga avaliar se vale a pena ou não instalar um sistema de energia solar residencial ou comercial no seu imóvel, vamos abordar os principais benefícios desse tipo de geração de eletricidade. Confira!
Redução de impostos
Uma grande vantagem ao instalar energia solar no seu imóvel é o desconto de impostos. Com exceção de 3 estados (Amazonas, Santa Catarina e Paraná), todas as outras unidades federativas do Brasil oferecem isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para consumidores que são donos de um sistema de Geração Distribuída.
O ICMS incide sobre a quantidade de créditos excedentes que foram acumulados. A alíquota varia de estado para estado. Se, por exemplo, no seu estado é de 15%, a cada 1kWh injetado pelo seu sistema de energia solar, você terá créditos de 0,85kWh.
A Lei Federal n° 13.169 desonerou o PIS e COFINS da energia solar excedente produzida por sistemas fotovoltaicos.
Economia para o seu bolso
Ainda falando sobre questões financeiras, a economia de energia é um fator importante para avaliar se vale a pena escolher o sistema de energia solar para implantar no seu imóvel.
Vamos pegar como exemplo o caso de um morador que tenha o consumo médio de 900 quilowatts hora por mês. Esse gasto de energia elétrica, para quem reside na cidade de São Paulo, representa uma média de 600 reais mensais pagos na conta de luz.
Se esse morador decidir investir em um sistema de energia fotovoltaica para produzir o equivalente a essa mesma média consumida todos os meses, ele terá sua conta de luz reduzida em cerca de 95%.
Esse valor só não será totalmente zerado pelo fato de o consumidor precisar pagar a taxa mínima da distribuidora, chamada de Custo de Disponibilidade. Essa é uma tarifa que todo consumidor arca em sua conta mensalmente, pelo simples fato da distribuidora disponibilizar energia elétrica para você consumir na sua residência.
De qualquer forma, mesmo com o pagamento do Custo de Disponibilidade, o consumidor do nosso exemplo, que arcava com o custo médio de 600 reais todos os meses na sua conta de luz, passaria a economizar cerca de 576 reais mensais, pois o valor da taxa mínima na cidade de São Paulo cobrada pela AES Eletropaulo é de 24 reais.
Essa economia representa quase 7 mil reais ao ano para esse morador. Ao longo de 5 anos, ele terá poupado cerca de 35 mil reais simplesmente por ter optado em investir na instalação de um sistema de energia fotovoltaica na sua residência.
Baixo investimento para instalação
Quanto mais a tecnologia do sistema de energia solar se populariza pelo mundo, mais barata ela fica. Nos últimos dois anos, o valor do investimento para instalação de painéis solares caiu pela metade e a tendência é que permaneça caindo.
Em locais residenciais, o painel solar costuma ser instalado no telhado das casas, gerando energia elétrica quando capta a luz do sol. O inversor solar é o responsável por essa transformação da energia solar em elétrica. Essa energia que sai do inversor é conectada ao quadro de luz da residência.
Dessa forma, todos os aparelhos eletrodomésticos, as luzes e demais itens conectados à tomada que consumam energia utilizarão como fonte a energia produzida pelo sistema fotovoltaico.
Outros itens que fazem parte do sistema de energia solar, além do painel fotovoltaico, também chamado de placa solar, e do inversor solar, são a estrutura para fixação do painel e cabos e conectores específicos para esse tipo de geração de energia.
Para você instalar o sistema correto de energia solar na sua casa, antes de mais nada, procure analisar a sua conta de luz, a fim de verificar qual o seu consumo médio mensal de energia elétrica, medido por kWh.
Toda conta de luz apresenta essa informação, que é essencial para você calcular qual o tamanho ideal do sistema de energia fotovoltaica perfeito para sua residência.
Produção de energia limpa
Os benefícios para o bolso de quem opta por fazer uso da energia solar são incontestáveis, como já mencionamos acima. A economia é realmente extraordinária quando comparada às tarifas cobradas pelas distribuidoras. Mas existem outros benefícios que envolvem a utilização da energia gerada pela luz do sol que vão além dos financeiros.
Vivemos em um tempo onde reduzir os impactos ambientais produzidos pelo estilo de vida que criamos, principalmente nos centros urbanos ao redor do mundo, é uma questão emergencial.
Para isso, optar pelo consumo de energias sustentáveis é uma forma excelente de contribuir para o futuro do planeta. Nada melhor do que escolher uma fonte de energia abundante e que não acabará nunca como a que provém do sol.
Por ser uma energia renovável e por não causar grandes impactos ao meio ambiente, a energia solar é considerada altamente sustentável e, portanto, importante para preservar o futuro do planeta em que vivemos.
O que é necessário para instalar energia solar?
Um dos pré-requisitos para instalação de um sistema fotovoltaico é que o imóvel precisa ter, no mínimo, 18 m² livres de sombreamento durante todo o dia. A localização do imóvel comercial ou residencial também necessita ser atendida por uma concessionária distribuidora de energia.
No caso de apartamentos, a instalação de um sistema fotovoltaico é possível apenas quando a geração de energia for voltada para a área social do prédio, o que representará uma economia na conta de luz do condomínio, que também reflete no bolso dos moradores.
Para apartamentos localizados na cobertura do edifício, depois de acordado com todos os outros condôminos, a geração de energia por meio da luz do sol é viável.
Porém, se o dono tiver uma casa com a fatura de energia elétrica vinda no mesmo nome do seu apartamento, desde que seja atendida pela mesma concessionária distribuidora de energia, ele pode realizar a instalação de um sistema fotovoltaico nesse imóvel, de modo a gerar créditos energéticos para os dois locais.
Especialistas recomendam que a instalação desse tipo de sistema seja feita no telhado do imóvel. Preferencialmente, ele deve ter uma inclinação entre 15° e 20º, sendo que isso depende da região onde o imóvel está localizado.
Procure por um fornecedor que ofereça um atendimento personalizado, de acordo com as melhores soluções do mercado, para viabilizar o seu sonho de nunca mais precisar se preocupar com energia.
Com essa leitura, você ficou por dentro dos principais fatores responsáveis pela maior produção durante a estação mais quente do ano. Falamos sobre as questões climáticas que interferem na geração de energia solar, além de todas as vantagens de ter um sistema fotovoltaico em seu imóvel.
Também mostramos, por meio de cálculos práticos, como a produção de energia solar no verão gera economia para o seu bolso. E, para instalar um sistema fotovoltaico na sua residencia ou comércio, listamos os principais pré-requisitos necessários.
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