A energia solar na China tem um papel central como solução para suprir a demanda energética, usando como fonte um recurso natural limpo e renovável. Para você ter uma ideia, ela já é a maior produtora de energia fotovoltaica do mundo. Prova disso é o ritmo de expansão desse mercado por lá, que soma cerca de 400 usinas solares em seu território.
O ano de 2015 consolidou a China como um gigante da energia solar, sendo capaz de gerar 36GW. Uma das principais razões que determinaram esse acontecimento é o fato de os chineses fabricarem mais da metade dos módulos fotovoltaicos e outros equipamentos usados na instalação desse tipo de sistema.
Neste post, vamos explicar a visão do governo chinês para projetos de energia solar e o que é tendência por lá em inovação. Confira!
Como o governo chinês encara a energia solar?
O potencial produtor de energia solar na China realmente impressiona. Além disso, a velocidade com que essa nação se transformou em uma das principais referências do setor também surpreende. Entre os anos de 2009 e 2011, a capacidade geradora de placas fotovoltaicas cresceu 4 vezes. Os componentes fabricados por lá são largamente utilizados em projetos nos continentes asiático e europeu.
Em 2012, o previsto era obter 5GW de potência instalada, mas a China superou essa meta com maestria, encerrando aquele ano com 8GW. No ano de 2014, a região já tinha 28GW de potência fotovoltaica. Três anos depois, esse número subiu para 131GW de potência, de acordo com a Agência Internacional de Energia.
Dessa maneira, o investimento financeiro para gerar energia solar caiu muito, transformando esse mercado em um nicho ainda mais atrativo e colaborando para a China ser uma nação energeticamente independente.
Segundo um estudo realizado pela revista Nature Energy, a produção de energia na China atingiu um patamar no qual gerar energia solar em imóveis residenciais já é mais barato que o custo da eletricidade fornecida pela rede nacional. Essa pesquisa, que foi coordenada por profissionais especializados da Suécia e da própria China, indica um esforço histórico dos chineses em eliminarem o uso de combustíveis fósseis.
Inclusive, uma nova meta está em jogo: o país, que tem a maior população mundial, quer ter sua matriz energética 100% proveniente de fontes renováveis até 2050. Hoje em dia, a China ainda é bastante dependente da utilização de usinas termelétricas.
Qual o propósito dos projetos de energia solar na China?
A China ocupa a primeira posição no ranking das nações mais poluidoras da Terra. Isso porque, apesar de abrigar 18% da população mundial, o consumo de combustível atinge o índice de 28%. Por outro lado, o comprometimento de usar 35% de fontes não poluentes em sua matriz elétrica tornou os chineses mais do que grandes produtores de energia solar. Como dissemos, eles conseguiram desenvolver esse segmento, tornando-o forte e consolidado.
Justamente por ser a maior consumidora de energia fotovoltaica no mundo, a China está se esforçando para deixar antigos costumes para trás, como queimar carvão. A finalidade é realmente buscar um futuro que esteja alinhado com as necessidades ambientes do nosso ecossistema.
Um fato totalmente contraditório é que a nação que mais produz energia solar no globo também conta com um nível de poluição tão intenso, que consegue diminuir em 15% a capacidade produtora dos módulos solares.
O que é tendência nos projetos chineses?
Vejamos agora quais são as principais tendências inovadoras nos projetos chineses voltados para a geração de energia solar.
Fazendas solares
A China não mede investimentos em tecnologia fotovoltaica. Para comprovar que isso é verdade, basta analisar a dimensão das megafazendas de placas solares. As maiores são a Usina Longyanxia, localizada no Planalto do Tibete, com capacidade produtora de 850 megawatts e a que fica no deserto de Tengger, com potencial de gerar 1.500 megawatts (é a maior do mundo).
Em 2017, foi inaugurado em terras chinesas o maior parque fotovoltaico que flutua do planeta. Ele fica em cima de um lago, na província de Anhui, e tem capacidade de produzir 30MW.
O governo e os donos de empresas chinesas entendem que a constante diminuição dos valores para instalação de um sistema fotovoltaico também baratearam as obras das usinas solares, tanto comerciais como residenciais. Com isso, acredita-se que, em breve, os incentivos e subsídios públicos não serão mais necessários.
Estrada solar
A estrada solar chinesa pioneira fica em Jinan, capital da província de Shandong. São 2 quilômetros que são capazes de fazer a conversão da irradiação do sol em energia elétrica. A rede energética nacional recebe automaticamente essa produção, que é usada para suprir parte da demanda da iluminação pública e para fazer funcionar o sistema que derrete a neve da estrada, entre outras aplicações.
O projeto cobre 5.755m² e é composto por níveis. A camada de cima é de concreto translúcido, a do meio abriga os módulos solares e a de baixo, o isolamento. Quem pensa que o peso dos carros pode representar um perigo em cima desses equipamentos está muito enganado. Na verdade, é justamente o contrário, pois essa estrada solar aguenta 10 vezes mais pressão que o material asfáltico ordinário.
Futuro projeto — primeira usina fotovoltaica no espaço
Os governantes chineses já divulgaram que pretendem realizar o lançamento da primeira usina solar externa. De acordo com os engenheiros que estão liderando esse projeto ousado, e segundo análises da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, quando a barreira da atmosfera é eliminada, a luz solar tem capacidade de aproveitamento quase em tempo integral. Isto é, a produção de energia solar quase não para.
Essa não é uma ideia nova, pois os EUA e o Japão já fizeram tentativas nesse sentido. Entretanto, só a China deu seguimento ao projeto. Os equipamentos serão fabricados no espaço, por impressoras 3D e robôs. A previsão de início da construção é para 2030, com conclusão em 2050.
Como você pôde observar com essa leitura, o cenário da energia solar na China está transformando o contexto mundial desse mercado. Afinal, esse é um grande exemplo para ser seguido e um meio de viabilizar o uso de energia a partir de fontes renováveis no Brasil e no mundo.
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