O que é cinturão solar e como funciona?

05/09/2023 | Energia Solar

[vc_row pix_particles_check=””][vc_column][vc_column_text]Quando se trata de produzir energia solar, o lugar influencia diretamente. Isso porque a capacidade de produção depende da incidência solar. Assim, mesmo que o sol alcance todo o planeta, algumas regiões têm mais potencial, devido a algumas características. Dessa forma, elas compõem o que se chama de cinturão solar.

Neste post, entenda melhor o conceito e as características de um cinturão. Além disso, veja qual é a área do cinturão solar no Brasil e entenda sua importância. Boa leitura!

O que é um cinturão solar?

A produção de energia por meio de um sistema fotovoltaico depende do sol. Porém, mais do que isso, está relacionada com a incidência solar. Ou seja, quanto maior a irradiação nos painéis, teoricamente, maior será sua produção de energia.

Dessa maneira, regiões com muita chuva e nebulosidade tendem a receber menor incidência. Já locais mais secos e quentes recebem muito mais incidência, tornando-os excelentes para a produção de energia, como as áreas mais próximas do Equador.

Considerando esse cenário, um cinturão solar é a área determinada em que o potencial de produção de energia fotovoltaica é alto, exatamente porque a incidência solar também é alta. Assim, essas regiões apresentam maior segurança para o investimento em uma usina solar.

Onde fica o cinturão solar no Brasil?

Segundo dados da 2ª edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar (2017), o total diário da irradiação global horizontal no país fica em torno de 3.500 Wh/m² a 6.250 Wh/m². dia. Quanto às regiões com maior incidência mostradas no mapa, Nordeste e Centro-Oeste são as duas maiores, seguidas por Sudeste, Norte e Sul.

Portanto, considerando a incidência de chuva, relevo e outros fatores, o cinturão solar no Brasil é uma área que compreende estados com período de seca maior, em comparação a outros locais.

Desse modo, a faixa que vai dos estados do Nordeste, passando por Minas Gerais e norte de São Paulo até os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentam incidências altas, a partir de 1.800 kWh/m². ano. A maior incidência é no sertão da Bahia e em partes de Minas Gerais, que podem chegar a 2.400 kWh/m². ano.

Todo esse cenário indica um grande potencial para o Brasil, inclusive em comparação a outros países. Por exemplo, segundo o Atlas Brasileiro, no local com menos incidência no Brasil, é possível gerar mais energia que na região mais ensolarada da Alemanha.

Mas para aproveitar ao máximo esse potencial, é preciso investimento, algo que o Brasil tem alcançado ao longo dos anos.

O cenário fotovoltaico no Brasil

Em 2022, o Brasil entrou no ranking dos 10 países com maior potência fotovoltaica instalada acumulada, somando usinas solares de grande porte e de geração própria (geração distribuída). Na época, o país tinha 24 GW de potência e ocupou o 8º lugar, atrás de:

  • China;
  • Estados Unidos;
  • Japão;
  • Alemanha;
  • Índia;
  • Austrália;
  • Itália.

No entanto, os níveis de produção continuam a subir, o que pode mudar esse cenário. No relatório nº 57 da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), lançado em julho de 2023, o Brasil aparece com mais de 32 GW operacionais, sendo 70% da geração distribuída e 30% proveniente da geração centralizada. Com isso, a energia solar é responsável por 14,8% da matriz energética brasileira.

Isso significa, no acumulado, mais de R$ 155,6 bilhões em novos investimentos. Quanto aos estados, em termos de potência instalada na geração distribuída, São Paulo lidera com 13,5% dos sistemas, seguido por Minas Gerais com 13,4% e Rio Grande do Sul, com 10,2%.

Já na geração centralizada, com usinas solares, o cenário muda. Considerando a potência instalada e as operações outorgadas no mercado regulado e no livre, o ranking se concentra nos estados do cinturão solar:

  • Minas Gerais com 40.853,3 MW (3.083,3 MW em operação);
  • Bahia com 22.319,8 MW (2.049,5 MW em operação);
  • Piauí com 16.759,6 MW (1.466 MW em operação).

Em seguida, seguem:

  • Ceará;
  • Rio Grande do Norte;
  • Goiás;
  • Pernambuco;
  • Paraíba;
  • Mato Grosso do Sul;
  • Mato Grosso.

Junto com as outras regiões do país, todos resultam em 125,9 GW de potência outorgada, em usinas que estão em operação, sendo construídas ou que a construção ainda não começou.

Por que o cinturão solar é importante?

Entender o conceito do cinturão solar e onde ele se localiza é essencial para quem busca investir em energia solar. Afinal, é possível aproveitar algumas vantagens desse aspecto. Confira a seguir!

Melhor planejamento

Ao conhecer as regiões com maior potencial de incidência solar, quem vai investir em uma usina, ou até em uma franquia de energia solar, consegue fazer um melhor planejamento. Afinal, é possível observar os índices das diferentes regiões do Brasil e ajustar os planos de investimento onde apresenta o melhor custo-benefício.

Por exemplo, as regiões Sudeste e Sul apresentam geração máxima nos meses de verão, algo que pode ser interessante, inclusive pelos pontos de conexão com o SIN, o Sistema Interligado Nacional.

Sem sobrecarga do sistema

Investir em energia fotovoltaica, aproveitando o potencial do cinturão solar, é uma ótima maneira de não sobrecarregar o sistema hidrelétrico no Brasil. Na prática, isso garante o fornecimento e possibilita que os custos de produção sejam menores.

Já para quem tem seu próprio sistema na geração distribuída, além de receber créditos solares e economizar na conta de luz, há o caso da independência, podendo optar por um sistema híbrido.

Geração de energia limpa e melhor da economia

Como você viu, o Brasil tem um grande potencial de produção de energia solar. Assim, compreendendo a capacidade do cinturão, além das outras regiões do país, é possível fazer com que a energia solar ocupe cada vez mais espaço na matriz energética.

Com isso, o Brasil pode se destacar como um país gerador, atraindo mais investimentos e gerando mais empregos. Além disso, a questão ambiental pode ser suprida, já que a energia solar é limpa e não tem altos impactos de instalação, o que a torna acessível tanto para as usinas quanto para as pessoas.

Desse modo, junto com seu crescimento, também acontece o maior investimento em pesquisas e equipamentos, o que permite que os sistemas aproveitem mais a energia e se tornem mais acessíveis.

O Brasil tem grande potencial de geração de energia solar fotovoltaica. Inclusive, é o 8º no ranking mundial em potência instalada. Dentro desse aspecto, algumas regiões se destacam no cinturão solar, como os estados da Bahia e de Minas Gerais. Sendo assim, vale a pena conhecê-las para aproveitar melhor a alta incidência e investir em infraestrutura, que desenvolva essas regiões e contribua para a energia solar crescer ainda mais no país.

Gostou do post? Entenda melhor como funciona a geração solar no Brasil![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]