A bandeira tarifária faz parte de um sistema da Aneel para tornar as contas de energia mais transparentes para o consumidor. Sendo um sistema de cobrança com base na energia que foi usada de termelétricas, é possível saber quanto a mais é preciso pagar para se obter energia em momentos de crise hídrica. Sendo assim, é fundamental ter conhecimento sobre a bandeira.
No post a seguir, entenda melhor como ela funciona e quais são seus tipos. Além disso, saiba o que é possível fazer para evitar as alterações de valores causados pelas diferentes bandeiras. Boa leitura!
Afinal, o que é uma bandeira tarifária?
Criado em 2015, o sistema de bandeira tarifária é uma forma de cobrar os custos excedentes para produção de energia. Isso porque quando chove pouco e as hidrelétricas não conseguem produzir energia suficiente, as companhias elétricas precisam adquirir energia de termelétricas para atender a demanda, o que torna o preço da energia mais caro para o consumidor.
Antes da bandeira tarifária, esse custo era cobrado nas tarifas do ano seguinte, sendo ajustadas com juros. Já com o sistema, a cobrança se dá mensalmente, caso seja necessária, conforme o tipo de bandeira. Dessa forma, o consumidor tem uma conta mais transparente e pode se programar para consumir energia de forma mais consciente.
Como funcionam e quais são os tipos de bandeiras?
O sistema de bandeira tarifária funciona em três categorias:
- bandeira verde;
- bandeira amarela;
- bandeira vermelha.
Como em um sinal de trânsito, a bandeira verde significa “passagem livre”. Ou seja, as condições de produção de energia estão favoráveis e não haverá nenhuma cobrança extra. Já a bandeira amarela e a vermelha representam condições menos favoráveis ou críticas de produção, o que gera uma cobrança de taxa a mais, calculada conforme os valores atualizados pela Aneel em junho de 2021.
- Bandeira amarela: R$ 0,01874 por kWh consumido.
- Bandeira vermelha patamar 1: R$ 0,03971 por kWh consumido.
- Bandeira vermelha patamar 2: R$ 0,09492 por kWh consumido.
Já quem conta com a tarifa social, tem desconto na cobrança desses valores, que varia entre 10% a 65%, segundo sua faixa de consumo.
Mas como a bandeira é calculada?
Para começar, considera-se o Custo Marginal de Operação e o Encargo de Serviço de Sistema por Segurança Energética em cada subsistema do Brasil. Quando se identifica nos cálculos realizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico que será preciso utilizar usinas termelétricas, a Aneel determina a bandeira, que será cobrada no mês seguinte.
Quanto aos subsistemas, todos os estados do país, com exceção de Roraima, estão divididos em 4 grupos, que compõem o Sistema Interligado Nacional.
O que fazer para diminuir e evitar as alterações nas bandeiras?
O uso de bandeira tarifária pode deixar a conta de energia bem mais alta. Sendo assim, medidas de economia são incentivadas para que, nos meses de crise, as pessoas gastem menos energia e a demanda possa ser atendida, resultando em economia a longo prazo, com bandeiras menos caras. Dessa forma, é possível seguir algumas práticas diárias, que são úteis até para períodos de bandeira verde.
Otimizar a iluminação
Hoje contamos com lâmpadas LED, que são consideravelmente mais econômicas que as antigas lâmpadas incandescentes. Sendo assim, fazer a opção por esse modelo garante não só mais segurança, como também economia.
Outra forma de otimizar a iluminação em casa é usando sensores de movimento e outras tecnologias, que permitem o uso de luz necessário e apenas quando a pessoa estiver presente no cômodo.
Desligar as luzes e tirar aparelhos da tomada
A prática mais básica e econômica é procurar desligar as luzes quando não se está em um ambiente, ou ainda, usar apenas a necessária. Por exemplo, para alguém que vai ler sentado em uma poltrona, a lâmpada de um abajur pode ser suficiente.
Outra prática que faz diferença é retirar os eletrodomésticos e eletrônicos da tomada, quando não se está usando. Afinal, além de garantir a segurança, essa prática confere economia, principalmente quando a pessoa não passa grande parte do dia em casa ou vai viajar.
Evitar o uso de aparelhos de grande consumo
Máquina de lavar, chuveiro, ferro de passar roupa…São todos equipamentos que consomem muita energia. Portanto, em um mês de bandeira vermelha e grande consumo, seu uso pode gerar contas bastante altas.
Sendo assim, é importante evitar usá-los por longos períodos. No caso dos banhos, diminuir o tempo e desligar o chuveiro, quando não se necessita de água, são boas práticas. Já para lavar e passar roupa, acumular uma grande quantidade e ligar o aparelho apenas uma vez é a prática mais indicada.
Como ficar livre das alterações nas bandeiras?
A única forma de estar livre das alterações mensais nas bandeiras é quando se participa do mercado livre de energia. Nesse sentido, adotar a energia solar em sua casa é uma excelente solução. Afinal, mesmo para sistemas on-grid, a produção dos painéis solares pode equivaler ao consumo, gerando créditos que devem ser abatidos na conta.
Outro ponto importante é que pela energia gerada pelo sistema solar ter o mesmo valor da tarifa cobrada pela concessionária, quando a tarifa fica mais cara naquele mês, a sua energia produzida também será mais valorizada; o que pode fazer com que haja compensação e, consequentemente, você não tenha que pagar a alteração da bandeira.
Além disso, os sistemas de energia solar são projetados para atender completamente as necessidades de uma casa, inclusive em áreas externas. Dessa maneira, além de optar por boas práticas de uso da energia, você terá economia em todos os ambientes, alcançando créditos que podem abater a conta de energia até de outros imóveis.
Em uma crise hídrica, a energia custa mais caro. Por isso, foi criado o sistema de bandeira tarifária, a fim de determinar faixas de cobrança para custear outras fontes de geração, como as usinas termelétricas. Aumentando consideravelmente as contas de energia, para evitar as tarifas é importante conhecer o sistema e adotar práticas de economia. Mas além disso, quem quer se ver livre dessas alterações, pode contar com seu próprio sistema de geração, como o de energia solar, que garante créditos que compensam o uso da rede e promovem mais autonomia.
Gostou do post e quer aplicar medidas de economia para reduzir ainda mais os custos de sua casa? Saiba quais os melhores horários para usar energia!